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terça-feira, 31 de julho de 2007

Cadeia Literária (4)

A Semana das Bruxas (Witch Week)
Diana Wynne Jones

Acho inconcebível que Diana Wynne Jones seja ainda praticamente desconhecida em Portugal, e que os poucos livros dela que chegaram até nós (quatro dos sete livros da série em que A Semana das Bruxas se insere) apenas o conseguiram devido à febre de lançamento de livros "estilo Harry Potter" e não devido ao facto de esta autora ser, há quase 30 anos, uma das maiores referências da literatura fantástica para jovens.
(E agora que releio o parágrafo acima apercebo-me de que é um bocadinho hipócrita, considerando que este deve ser o livro mais "potteresco" de Jones e que um dos elogios que pretendo fazer vai ter uma referência a Hogwarts. Bem, adiante.)
Devido a Diana Wynne Jones ser praticamente desconhecida no nosso país, apenas me foi possível até agora ler uma ínfima parte na sua extensa bibliografia; para além dos quatro livros desta série acima referidos, "devorei" o magnífico (e complexo) The Merlin Conspiracy, e ri-me até às lágrimas com o genial The Tough Guide to Fantasyland, uma enciclopédia de viagens ao mundo da fantasia, que desconstrói sem dó nem piedade todos os clichés deste género. E, claro, fui ao cinema ver o magnífico O Castelo Andante, de Hayao Myiazaki, a versão (muito livre, ao que parece) para cinema daquela que é considerada a obra-prima de Jones, Howl's Moving Castle - e consequentemente desde então estou à espera que alguém por cá aproveite o embalo do filme para lançar o livro, mas cada vez mais me convenço de que isso só irá acontecer no dia de São Nunca à tarde... Mas, apesar do meu contacto com a autora ser então bastante reduzido, ainda assim já a elegi como uma das minhas autoras contemporâneas preferidas, ao mesmo nível de Roald Dahl e Neil Gaiman (claro que também gosto de JK Rowling, mas o nome dela está um bocadinho mais abaixo na minha lista de afectos literários).
Mas concentremo-nos então no livro que escolhi. A Semana das Bruxas está inserido na série Os Mundos de Chrestomanci, que contam histórias semi-independentes. Quero dizer com isto que, embora seja recomendável ler O Castelo Encantado em primeiro lugar para compreender as "regras" do mundo em que esta série se insere, e embora Conrad's Fate, ainda não publicado entre nós, seja cronologicamente posterior a As Vidas de Christopher Chant, todos os outros livros podem ser lidos na ordem em que o leitor mais desejar. À primeira vista, parece um erro inserir A Semana das Bruxas nesta série, por se passar num mundo completamente diferente daquele em que os outros livros ocorrem. Porém, se já estiverem familiarizados com o mundo da família Chant, a ligação deste livro com os restantes começa a fazer sentido a partir de determinado ponto. Talvez devido a este ar "alienígena" que A Semana das Bruxas tem dentro da série, o livro é considerado por muitos fãs como o mais fraco dos sete. Mesmo assim, eu pessoalmente elejo-o como um dos meus favoritos, pois acho que aquilo que o torna estranho é precisamente o que lhe dá mais força.
Enquanto os outros seis livros descrevem um mundo onde a moda e a tecnologia abrandaram no período eduardiano e onde a magia é prática comum, em A Semana das Bruxas temos um mundo quase semelhante ao nosso... excepto num pormenor: a caça às bruxas e a sua execução pela fogueira às mãos da inquisição são ainda actuais e fazem parte do dia-a-dia de todos, sendo a associação com bruxas motivo de medo e vergonha. É neste ambiente que existe o Colégio Larwood, que os leitores de Harry Potter facilmente concordarão ser uma espécie de anti-Hogwarts, visto ser um colégio interno para não-feiticeiros, onde o preconceito contra a feitiçaria e todos aqueles a ela ligados (mesmo através de laços de sangue, por mais afastados que sejam) são tão fortes como o preconceito contra Muggles e feiticeiros seus descendentes no universo de Rowling. Num mundo destes, é fácil imaginar o pânico que se levanta quando um professor descobre, entre os trabalhos que está a classificar, um bilhete anónimo com uma acusação gravíssima: ALGUÉM DESTA TURMA É FEITICEIRO. A suspeita levanta-se entre os alunos, e as acusações começam a surgir...
Uma leitura imprescindível para quem gosta de literatura de fantasia. Mas já agora... para quando uma edição em português de Howl's Moving Castle, ó faxavor?

domingo, 29 de julho de 2007

Vídeo da Semana


Os impagáveis Stephen Fry e Hugh Laurie interpretam Hey Jude dos Beatles.

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Cadeia Literária (3)

A Casa de Papel (La Maison de Papier)
Françoise Mallet-Joris

Mudámo-nos. Pauline fica desolada por perder o seu pequeno companheiro de brincadeiras, Pierre, que habita nas traseiras.
Pauline (mexendo as mãos com vivacidade) – Pierre! Meu Pierre! Meu adorado Pierre, Pierre bem amado! Morrerei!
Na minha cama, leio ou tento ler um manuscrito.
Eu – Pauline, tu és ridícula.
Pauline – Eu amo-o. Se o deixo, morreremos os dois!
Eu – Quem te deu essas ideias ridículas?
Pauline (perdendo toda a exaltação) – É a televisão. É muito má para as crianças.

Françoise Mallet-Joris, A Casa de Papel - tradução de Maria Helena Araújo, Livraria Civilização, 1974
Este livro chegou-me às mãos por puro acaso há muitos anos, numa feira de livros usados. Já velhote e decididamente gasto, senti uma vontade irresistível de lhe dar um novo lar e até hoje não me arrependo. Há alguns anos, comprei um exemplar mais moderno na sua língua original (o mesmo da capa que aqui apresento) mas a edição portuguesa, muito menos apelativa a nível estético e mais velhinha do que eu, é decididamente a mais amada.
A Casa de Papel é um trabalho autobiográfico da escritora francesa Françoise Mallet-Joris que, no final da década de 60, passou para escrito pequenos textos a descrever o seu dia-a-dia numa casa caótica que partilha com o marido pintor e os seus quatro filhos (Daniel, de 19 anos, o poeta; Vincent, de 14 anos, o filósofo; Alberte, de 11 anos, o anjo; e Pauline, de 9 anos, o demónio), para além de uma sucessão de animais de estimação, empregadas domésticas, professores de dança e visitantes ocasionais. No espírito da liberdade do período em que Françoise escreveu estes frescos, a sua casa é um local onde a desordem impera e onde as pessoas entram e saem quando querem, sem necessitarem de chave ou convite. Esta liberdade é tal que, a certa altura, Françoise vê um perfeito desconhecido entrar, usar a casa de banho e sair, como se tivesse entrado num café! E, claro, temos descrições aqui e ali sobre a experiência de viver em Paris durante o Maio de 68:
A Alberte toma nota das suas impressões acerca das barricadas: «Na escola disseram-me que os estudantes são maus, que fazem isso para meter medo às pessoas boas. Os meus pais não são dessa opinião. Tenho a certeza de que estão de boa fé, mas terão eles razão?»
Esta frase, que fez rir um amigo nosso, agradou-me pelo que contém de confiança e circunspecção. De certa maneira compensa os meus esforços para influenciar a sua capacidade de apreciação.
O que mais me agrada nesta obra é o modo fragmentado como ela foi escrita; em vez de uma narrativa sólida e una, temos pequenos fragmentos da vida desta família, ora em forma de conto, ora em diálogos (numa família em que estes são considerados como um factor imprescindível para o desenvolvimento dos filhos como seres humanos que pensam por si), ora em circunspecções da autora. Em muitos aspectos, ler A Casa de Papel é como ler um blogue - de tal modo que tenho a certeza que seria este o meio pelo qual Françoise Mallet-Joris o teria escrito nos dias de hoje.
Uma leitura doce e ternurenta, e um livro que estimo muito. Espero que um dia volte a ser editado por cá.

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Cadeia Literária (2)

Bons Augúrios (Good Omens)
Neil Gaiman e Terry Pratchett

Como os frequentadores habituais deste cantinho já sabem, sou uma grande fã de Neil Gaiman. Entre os trabalhos deste autor que mais me impressionaram contam-se obras-primas como Coraline, Stardust (cuja adaptação estreará nas salas de cinema em breve), a BD Sandman e o magnífico American Gods.
Nesse caso, porquê escolher Good Omens, escrito em parceria com Terry Pratchett (autor da série de fantasia humorística Discworld), para esta lista dos meus livros favoritos? A resposta é simples: porque, apesar de considerar os outros livros que acima referi como obras-primas, este acaba por ser o livro de Gaiman que mais vezes retiro da estante para reler. No mínimo, devo pegar neste canhenho pelo menos uma vez por ano - e cada vez que o faço, descubro algo novo.
A história é a seguinte: o Céu e o Inferno planeiam o Apocalipse que, de acordo com a Bíblia, deve iniciar com o aparecimento do Anticristo. As forças do Mal planeiam o nascimento da criatura e a colocação desta no seio de uma família humana mas, devido a uma freira satânica incompetente, algo corre mal. Junte-se a isto o facto de um anjo (Aziraphale, o alter-ego de Pratchett) e um demónio (A.J. Crowley, alter-ego de Gaiman) se terem acomodado à vida entre os mortais e não estarem muito desejosos de terem os seus hábitos alterados pelo fim do mundo, e dos seus caminhos se cruzarem com os últimos caçadores de bruxas do Reino Unido e com um livro escrito por uma vidente que, séculos antes, predisse tudo aquilo (sim, tudo) que irá ocorrer naquele fatídico dia, para que o resultado seja tudo menos aquilo que a Bíblia indicava que fosse...
Apesar de eu normalmente preferir ler os livros na sua edição de origem (quando entendo a língua, claro está), acho a tradução portuguesa, de Carlos Grifo Babo, fenomenal. A única queixa que faço é sobre a sua escolha de traduzir alguns nomes, apesar de compreender que esses mesmos nomes foram traduzidos para facilitar a compreensão e/ou simbolismo dos próprios (mas, mesmo assim, torço-lhes o nariz; I mean, Adão Young?!?). Para além disso, de todas as capas que já vi deste livro, considero a portuguesa a mais bonita.
Bom, mas voltando à história propriamente dita: vê-se que Pratchett e Gaiman se divertiram imenso a escrever este livro a meias, e que se incentivavam um ao outro a serem mais loucos e brilhantes a cada página. Entre outras coisas, uma das suas "vítimas" foi o inglês arcaico, utilizado por diversas vezes durante o decorrer da história, não só devido ao livro de profecias referido acima mas também para descrever algumas das obras da colecção de Aziraphale. De entre elas, podemos contar com a Bíblia Que Se Fornique Isso Tudo, uma bíblia conhecida por esse nome devido a este erro de impressão:
2. E junto ao território de Dã, desde o limite vertical ao occidental, receberá Afer huma porção.
3. E junto ao território de Afer, desde o limite oriental até junto do limite occidental, receberá Nephtali huma porção.
4. E junto ao território de Nephtali, desde o limite oriental até ao limite occidental, receberá Massanés huma porção.
5. E que fe fornique Tudo ifto q não he diverfão. Eifme enfermo até a Alma de efta compofição. Meftre Biltonn não he cavalheiro, e Meftre Scagges não valle mais q hum punho cerrado de hum Puxador de porta de Southwarke. Eu vos direi q em hum dia qual efte, qualquer hum com meya onça de Sizo devia de eftar lá fora ao Sol e não mettido todo o santo dia nefta velha e bollorenta Oficina que Noffa Senhora nos livre della. @-*»AE@;!
6. E junto ao território de Ephrahim, desde o limite oriental até ao limite occidental, receberá Ruben huma porção.

Neil Gaiman e Terry Pratchett, Bons Augúrios - tradução de Carlos Grifo Babo, Editorial Presença, 2004
Em conclusão, este livro é absolutamente delirante, repleto de momentos que apetece reler vezes sem conta (o meu favorito é a escolha de nomes dos outros Quatro Cavaleiros do Apocalipse) e personagens memoráveis e bem delineadas. Deve ser lido ao som de Queen.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Os dois Wonkas

Já agora, e visto que estive a comparar os Wonkas dos dois filmes no meu post anterior, aqui está a mesma cena em cada uma das versões.

1971:


2005:


Na minha opinião, a versão de 2005 é muito mais espectacular visualmente - mas, em contrapartida, Gene Wilder é muito mais fiel à visão do livro...

Cadeia Literária (1)

A Maria Elisa desafiou-me a escolher cinco livros, desafio esse que aceito de bom grado. Como tenho a tendência de divagar um pouco quando falo das obras que escolhi, vou repartir esta resposta em cinco posts. Aqui está o primeiro:

The Complete Adventures of Charlie and Mr Willy Wonka
Roald Dahl

Sinto que estou a fazer batota com esta escolha, porque este volume reúne os dois livros de Roald Dahl sobre Charlie Bucket e o chocolateiro Willy Wonka. Porém, como para mim os dois livros são parte de um todo, e como é este o exemplar que possuo, deixei estar.
Desde criança que sou fã de Roald Dahl. Porém, o meu contacto com as suas obras foi feito ao contrário: em criança, conheci os contos para adultos (sendo a minha estreia no mundo Dahliano graças à adaptação televisiva do magnífico "Lamb for the Slaughter" em Alfred Hitchcock Apresenta, realizado pelo próprio Mestre Alfredo) tendo descoberto as obras infanto-juvenis apenas na idade adulta.
De todas as obras de Roald Dahl, não há dúvida que a saga de Charlie Bucket é a sua obra-prima. E, se tivermos em conta que o resto da sua bibliografia inclui pérolas como As Bruxas, Matilda, The BFG e, claro, o já referido Lamb for the Slaughter, isto mostra a sua qualidade... Como sempre, Dahl transporta-nos para um universo surrealista e delirante onde nada é o que parece, governado por um excêntrico fabricante de doces.
No primeiro livro, Charlie e a Fábrica de Chocolate, adaptado por duas vezes ao cinema (em 1971 numa versão tão livre que provocou a ira de Dahl, que se desligou imediatamente do projecto - mas que, em contrapartida, tem na magnífica prestação de Gene Wilder o Willy Wonka perfeito e definitivo; e em 2005 numa adaptação quase perfeita por Tim Burton, que só peca pelo facto do Wonka de Johnny Depp ser um pateta alegre em vez do magnífico - e "dumbledoriano" - manipulador do livro), Charlie Bucket é o típico herói que vive de forma miserável até que o concurso dos bilhetes dourados dos Chocolates Wonka mudam a sua vida. Os vencedores do concurso têm direito a uma visita guiada à fábrica de chocolates, onde as outras crianças (pequenos monstrinhos intratáveis) são punidos por Wonka devido aos seus pecados. No segundo livro, Charlie e o Grande Elevador de Vidro, Willy Wonka leva Charlie e toda a sua família numa viagem pelo espaço, que inclui a visita a um hotel espacial onde ocorre um ataque alienígena.
Uma obra imperdível, para todas as idades.

Obras de arte (17)

Já que esta semana estou completamente imersa no último livro da série:


Mirror of Erised, de Mary GrandPre

terça-feira, 24 de julho de 2007

Eu não comia esta salada nem morta!

domingo, 22 de julho de 2007

Vídeo da Semana

Antes de mais nada, tenho de avisar que o vídeo desta semana contém a música mais irritante do mundo. O seu poder de irritação é tal que se agarra ao cérebro e se recusa a sair.

Portanto, estão avisados. Se ainda tiverem coragem de ouvir, aqui está a célebre Llama Song:



A popularidade da Llama Song é tal que gerou diversas paródias que, já agora, também aqui incluo:

  • Perdidos (a melhor de todas, na minha opinião)
  • Senhor dos Anéis
  • Doctor Who
  • Sobrenatural
  • sábado, 21 de julho de 2007

    Sem comentários...

    A irmã do cantor britânico James Blunt vai-se casar. À primeira vista, isto é o tipo de notícia que nem daria uma notinha de rodapé num programa do jet-set, não fosse o facto do noivo ser o gajo a quem Blunt vendeu a irmãzinha no site eBay há uns tempos.

    Digam lá se esta não é uma ternurenta história de amor familiar...

    segunda-feira, 16 de julho de 2007

    A Família Munster

    Eu sou uma grande fã de sitcoms clássicas. Olho Vivo, Viver no Campo, Casei com uma Feiticeira e, principalmente, M*A*S*H (já referida neste meu cantinho por diversas vezes como a série da minha vida) fazem todas parte do meu imaginário. Por esse motivo, quando descobri que uma sitcom dos anos 60 que desconhecia por completo havia sido lançada em DVD em edição portuguesa, fiquei imediatamente curiosa.

    À primeira vista, A Família Munster parece uma cópia da Família Addams; porém, há algumas diferenças subtis. Enquanto os Addams são (mais ou menos) humanos em aparência, embora com um visual algo gótico, mas declarada e orgulhosamente monstros e assassinos e admitem serem diferentes dos comuns mortais, os Munsters são autênticos monstros (o pai, Herman, é um monstro de Frankenstein, a mãe e o avô descendem do Conde Drácula e o filho é um lobisomem) mas estão mais próximos, em personalidade e estilo de vida, das típicas famílias suburbanas da ficção da época do que dos "primos" Addams, e não conseguem perceber porque é que as outras pessoas desatam aos berros ao pé deles. Um gag recorrente na série gira à volta do 5º elemento da família, a sobrinha Marilyn, que é a típica adolescente loira, bonita e simpática que todos os pais da época sonhavam ter como nora e que, devido ao facto dos namorados fugirem a sete pés cada vez que vêm o tio Herman (que, na realidade, é um doce de pessoa), julga que o problema é dela e que os rapazes fogem por ela ser tão feia e sem graça.

    Em conclusão, é uma sitcom divertida e que apela a todos aqueles que gostam da comédia clássica.

    Para os mais curiosos, aqui está o genérico:

    domingo, 15 de julho de 2007

    Vídeo da Semana

    Com a estreia do 5º filme nesta semana e o lançamento do 7º (e último) livro no próximo sábado, o vídeo desta semana é uma homenagem ao universo de Harry Potter:



    A sacana da música fica no ouvido, não acham?

    quinta-feira, 12 de julho de 2007

    Obras de arte (16)


    How Stick People Became Extinct, de Todd Goldman

    terça-feira, 10 de julho de 2007

    Napoleon Dynamite

    E aqui está mais um novo filme da malta dos coelhinhos!

    Como nos anteriores, clicar na imagem leva-vos directamente ao filme.

    segunda-feira, 9 de julho de 2007

    Soneto 130 de William Shakespeare

    My mistress' eyes are nothing like the sun;
    Coral is far more red, than her lips red:
    If snow be white, why then her breasts are dun;
    If hairs be wires, black wires grow on her head.
    I have seen roses damasked, red and white,
    But no such roses see I in her cheeks;
    And in some perfumes is there more delight
    Than in the breath that from my mistress reeks.
    I love to hear her speak, yet well I know
    That music hath a far more pleasing sound:
    I grant I never saw a goddess go,
    My mistress, when she walks, treads on the ground:
    And yet by heaven, I think my love as rare,
    As any she belied with false compare.


    Se acharam bonito, tentem ouvir isto recitado por Alan Rickman...

    domingo, 8 de julho de 2007

    Vídeo da Semana


    Os Spinal Tap ao vivo no Live Earth.

    E mais um!

    Já que o mundo bloguístico (bem, os blogs da malta que gosta do Markl, pelo menos) anda fazer avatares como se não houvesse amanhã, aqui está outro meu, desta vez do site de avatares do Yahoo:

    É uma pena que não haja outras opções de flores, porque fazia muito mais sentido se eu estivesse a pegar em lírios azuis. Enfim, não se pode ter tudo...

    sexta-feira, 6 de julho de 2007

    O meu eu simpsoniano

    Imitando o que o Nuno Markl fez no seu blog, fui ao site do filme dos Simpsons e fiz o meu auto-retrato. Ei-lo:

    quinta-feira, 5 de julho de 2007

    Obras de arte (15)

    A estreia do filme Fantasmas de Goya fez-me recordar uma das minhas lendas favoritas da história da pintura. Digo "lendas" porque parece não haver base histórica para esta história da vida do pintor espanhol, mas mesmo assim é uma leitura interessante destes dois quadros.

    Bem, mas vamos à história. Ao que parece, Goya era amante da Duquesa de Alba. Deste romance, nasceu o célebre quadro da Maja Despida:


    Ora, o Duque descobriu que a esposa tinha posado para um quadro de Goya. E diz a lenda que o Duque era uma besta capaz de rebentar com o crânio de um gajo com o dedo mindinho. Ao saber que o homem andava à procura dele para ver o quadro, Goya fechou-se no seu estúdio à noitinha, regressando de manhã com a Maja Vestida:


    É impressionante o que o medo faz a um homem, não é? Para algo feito em cima do joelho, é um trabalho impressionante...

    quarta-feira, 4 de julho de 2007

    In Memoriam

    Henrique Viana
    (1936-2007)

    domingo, 1 de julho de 2007

    Vídeo da Semana

    A continuação do hilariante... erm... bem, a continuação do vídeo da semana passada. Enjoy!

    HAHAHAHAHAHAHAHAH!

    Parece que Pinto da Costa "é estimado por todas as pessoas que o conhecem como sendo um homem íntegro, honesto, honrado, pacífico, ordeiro e defensor dos mais elevados valores morais e sociais".
    Gostava de saber que figura ligada à acusação é que disse isto, para lhe perguntar que tipo de ganza é que anda a fumar... No DN não explicam, pelo que tanto pode ser o próprio Pintinho como alguma pessoa a quem ele pagou a tal ganza (e provavelmente as duas mocinhas que aparecem no sketch dos Gatos).

    Quanto ao processo que o Pintinho levantou aos Gatos, sem comentários.