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sábado, 9 de fevereiro de 2008

Os filmes da minha vida (10)

A Costela de Adão
(Adam's Rib, 1949)

"Vive la difference!"

Há três nomes que vão surgir nesta rubrica com alguma regularidade: James Stewart, Katharine Hepburn e Spencer Tracy. Os dois últimos, em particular, serão mencionados em conjunto mais algumas vezes, visto que fizeram uma parceria perfeita tanto dentro como fora do ecrã. E, em A Costela de Adão, a união das suas forças resultou numa obra divertidíssima e poderosa, que merece ser recordada como uma das maiores obras-primas da sétima arte.

Doris Attinger (Judy Holliday) é uma dona de casa e mãe de três filhos, que suspeita do marido, Warren (Tom Ewell). Um dia, resolve segui-lo e apanha-o com a amante. Em estado de choque, Doris dispara contra eles, acertando em Warren - não fatalmente, mas de forma suficientemente grave para o caso ir a tribunal e se tornar um forte alvo da opinião pública e dos media.
O caso vai parar às mãos de um casal - Adam Bonner (Spencer Tracy), advogado do Ministério Público, é o advogado de acusação, enquanto a sua esposa Amanda (Katharine Hepburn) defende Doris. Feminista ferrenha, Amanda considera este caso como uma forma de mostrar a desigualdade entre os sexos, enquanto Adam considera o comportamento de Doris como repreensível seja de que forma for. As suas diferentes opiniões e o facto de estarem em lados diferentes do caso leva a que o casamento de Adam e Amanda sofra um abalo, e ambos tenham de se confrontar para além dos tribunais. O resultado é uma guerra dos sexos maravilhosamente deliciosa, e uma visão interessante sobre a sociedade da época.



Já agora, se deseja (re)ver este grande filme mas não tem tempo e/ou dinheiro para ir à procura do DVD, pode encontrá-lo, na íntegra, no YouTube (pelo menos, até aos estúdios o removerem). Pode ver a primeira parte aqui e ir seguindo os links para as 11 partes restantes. Mas, claro, este tipo de visionamento não substitui o real deal.
Quanto a mim, vou procurar o meu DVD e rever isto pela milionésima vez, enquanto como rebuçados de alcaçuz (se viram o filme vão perceber) enquanto trauteio o Amanda...

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