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segunda-feira, 30 de abril de 2007

Hm.

Primeiro, Alberto João Jardim chamou a malta do continente de cubanos, quando ele é o Fidel Castro tuga.
Agora, junta Sócrates, Manuel Monteiro e Francisco Louçã no mesmo frasco, rotulando-os de fascistas.

Hm.

Mal posso esperar pelo dia em que ele chamar o Júlio Isidro de badocha careca, ou acusar o Cavaco de andar pelo Palácio de Belém vestido apenas com uma fralda (e ugggh, maldita seja eu por criar esta imagem mental!). É que, pelo andar das coisas, ele vai acabar por acusar toda a gente das coisas que ele próprio faz ou de tudo aquilo que ele próprio é.

Obras de arte (4)


As embalagens da Celestial Seasonings são antênticas obras de arte - e, na minha opinião, valem tanto a pena como o próprio chá, que é absolutamente viciante.

É obrigatório visitar...

...o projecto Angry Alien Productions, da autoria de Jennifer Shiman. Basicamente, são pequenos desenhos animados em que filmes célebres são re-interpretados... por coelhinhos!

Sou uma fã dedicada deste projecto desde que o site tinha apenas uma meia dúzia de filmes; agora, tem mais de 30, todos eles imperdíveis. Mas, de todos, recomendo especialmente os seguintes:

Pulp Fiction Borat Tubarão Guerra das Estrelas James Bond

domingo, 29 de abril de 2007

Vídeo da Semana


Peter Boyle (de Everybody Loves Raymond) e Gene Hackman numa das cenas mais memoráveis da obra-prima de Mel Brooks, Frankenstein Júnior.

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Obras de arte (3)


Autoportrait Cochon, de Agnès Boulloche

A obra-prima de Van Clomp

O quadro da "Madonna Caída com Grandes Maminhas", do pintor fictício Van Clomp, à volta do qual girou toda a trama da comédia britânica Allô Allô, foi leiloado em Inglaterra. O dinheiro da venda (quase seis mil euros) reverteu a favor de uma obra de caridade.

A reacção do meu pai quando soube do resultado da venda foi " seis mil euros?!" A minha, por sua vez, foi "Tanto?!" Eu adoro o Allô Allô, mas não estava à espera de um quadro fictício atingir tamanho valor - mas tenho de admitir que não sei muito sobre o valor normalmente dado a adereços de filmes e séries televisivas, pelo que reconheço que esta reacção é um pouco ingénua. De qualquer maneira, agrada-me ver que o quadro adquiriu este valor, já que esta venda é para fins beneficientes - e que aquelas maminhas voltaram a estar na boca do mundo.

quinta-feira, 26 de abril de 2007

M*A*S*H

Tenho nas minhas mãos a 10ª temporada de M*A*S*H em DVD - o que quer dizer que já possuo metade da série em excelente qualidade e sem a chatice das gargalhadas enlatadas, às quais sou geralmente indiferente, mas que sempre encarei como intrusivas nesta série (notem que digo série e não sitcom; na minha opinião, M*A*S*H é uma série dramática "disfarçada" de comédia). A outra metade, felizmente, tenho gravada em boa qualidade, graças à já saudosa SIC Comédia, mas as gargalhadazinhas irritantes estão lá, isto sem contar com o facto dos episódios terem sido transmitidos fora de ordem, o que de vez em quando causava alguma irritação em termos de continuidade. Enfim, não se pode ter tudo...

quarta-feira, 25 de abril de 2007

As Portas que Abril Abriu



Era uma vez um país
onde entre o mar e a guerra
vivia o mais infeliz
dos povos à beira-terra.

Onde entre vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
um povo se debruçava
como um vime de tristeza
sobre um rio onde mirava
a sua própria pobreza.

Era uma vez um país
onde o pão era contado
onde quem tinha a raiz
tinha o fruto arrecadado
onde quem tinha o dinheiro
tinha o operário algemado
onde suava o ceifeiro
que dormia com o gado
onde tossia o mineiro
em Aljustrel ajustado
onde morria primeiro
quem nascia desgraçado.


Era uma vez um país
de tal maneira explorado
pelos consórcios fabris
pelo mando acumulado
pelas ideias nazis
pelo dinheiro estragado
pelo dobrar da cerviz
pelo trabalho amarrado
que até hoje já se diz
que nos tempos do passado
se chamava esse país
Portugal suicidado.

Ali nas vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
vivia um povo tão pobre
que partia para a guerra
para encher quem estava podre
de comer a sua terra.

Um povo que era levado
para Angola nos porões
um povo que era tratado
como a arma dos patrões
um povo que era obrigado
a matar por suas mãos
sem saber que um bom soldado
nunca fere os seus irmãos.

Ora passou-se porém
que dentro de um povo escravo
alguém que lhe queria bem
um dia plantou um cravo.

Era a semente da esperança
feita de força e vontade
era ainda uma criança
mas já era a liberdade.

Era já uma promessa
era a força da razão
do coração à cabeça
da cabeça ao coração.
Quem o fez era soldado
homem novo capitão
mas também tinha a seu lado
muitos homens na prisão.

Esses que tinham lutado
a defender um irmão
esses que tinham passado
o horror da solidão
esses que tinham jurado
sobre uma côdea de pão
ver o povo libertado
do terror da opressão.

Não tinham armas é certo
mas tinham toda a razão
quando um homem morre perto
tem de haver distanciação

uma pistola guardada
nas dobras da sua opção
uma bala disparada
contra a sua própria mão
e uma força perseguida
que na escolha do mais forte
faz com que a força da vida
seja maior do que a morte.

Quem o fez era soldado
homem novo capitão
mas também tinha a seu lado
muitos homens na prisão.

Posta a semente do cravo
começou a floração
do capitão ao soldado
do soldado ao capitão.

Foi então que o povo armado
percebeu qual a razão
porque o povo despojado
lhe punha as armas na mão.

Pois também ele humilhado
em sua própria grandeza
era soldado forçado
contra a pátria portuguesa.

Era preso e exilado
e no seu próprio país
muitas vezes estrangulado
pelos generais senis.

Capitão que não comanda
não pode ficar calado
é o povo que lhe manda
ser capitão revoltado
é o povo que lhe diz
que não ceda e não hesite
– pode nascer um país
do ventre duma chaimite.

Porque a força bem empregue
contra a posição contrária
nunca oprime nem persegue
– é força revolucionária!

Foi então que Abril abriu
as portas da claridade
e a nossa gente invadiu
a sua própria cidade.

Disse a primeira palavra
na madrugada serena
um poeta que cantava
o povo é quem mais ordena.

E então por vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
desceram homens sem medo
marujos soldados «páras»
que não queriam o degredo
dum povo que se separa.
E chegaram à cidade
onde os monstros se acoitavam
era a hora da verdade
para as hienas que mandavam
a hora da claridade
para os sóis que despontavam
e a hora da vontade
para os homens que lutavam.

Em idas vindas esperas
encontros esquinas e praças
não se pouparam as feras
arrancaram-se as mordaças
e o povo saiu à rua
com sete pedras na mão
e uma pedra de lua
no lugar do coração.

Dizia soldado amigo
meu camarada e irmão
este povo está contigo
nascemos do mesmo chão
trazemos a mesma chama
temos a mesma ração
dormimos na mesma cama
comendo do mesmo pão.
Camarada e meu amigo
soldadinho ou capitão
este povo está contigo
a malta dá-te razão.

Foi esta força sem tiros
de antes quebrar que torcer
esta ausência de suspiros
esta fúria de viver
este mar de vozes livres
sempre a crescer a crescer
que das espingardas fez livros
para aprendermos a ler
que dos canhões fez enxadas
para lavrarmos a terra
e das balas disparadas
apenas o fim da guerra.

Foi esta força viril
de antes quebrar que torcer
que em vinte e cinco de Abril f
ez Portugal renascer.

E em Lisboa capital
dos novos mestres de Aviz
o povo de Portugal
deu o poder a quem quis.

Mesmo que tenha passado
às vezes por mãos estranhas
o poder que ali foi dado
saiu das nossas entranhas.
Saiu das vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
onde um povo se curvava
como um vime de tristeza
sobre um rio onde mirava
a sua própria pobreza.

E se esse poder um dia
o quiser roubar alguém
não fica na burguesia
volta à barriga da mãe.
Volta à barriga da terra
que em boa hora o pariu
agora ninguém mais cerra
as portas que Abril abriu.

Essas portas que em Caxias
se escancararam de vez
essas janelas vazias
que se encheram outra vez
e essas celas tão frias
tão cheias de sordidez
que espreitavam como espias
todo o povo português.

Agora que já floriu
a esperança na nossa terra
as portas que Abril abriu
nunca mais ninguém as cerra.

Contra tudo o que era velho
levantado como um punho
em Maio surgiu vermelho
o cravo do mês de Junho.

Quando o povo desfilou
nas ruas em procissão
de novo se processou
a própria revolução.

Mas eram olhos as balas
abraços punhais e lanças
enamoradas as alas
dos soldados e crianças.

E o grito que foi ouvido
tantas vezes repetido
dizia que o povo unido
jamais seria vencido.

Contra tudo o que era velho
levantado como um punho
em Maio surgiu vermelho
o cravo do mês de Junho.

E então operários mineiros
pescadores e ganhões
marçanos e carpinteiros
empregados dos balcões
mulheres a dias pedreiros
reformados sem pensões
dactilógrafos carteiros
e outras muitas profissões
souberam que o seu dinheiro
era presa dos patrões.

A seu lado também estavam
jornalistas que escreviam
actores que se desdobravam
cientistas que aprendiam
poetas que estrebuchavam
cantores que não se vendiam
mas enquanto estes lutavam
é certo que não sentiam
a fome com que apertavam
os cintos dos que os ouviam.

Porém cantar é ternura
escrever constrói liberdade
e não há coisa mais pura
do que dizer a verdade.

E uns e outros irmanados
na mesma luta de ideais
ambos sectores explorados
ficaram partes iguais.

Entanto não descansavam
entre pragas e perjúrios
agulhas que se espetavam
silêncios boatos murmúrios
risinhos que se calavam
palácios contra tugúrios
fortunas que levantavam
promessas de maus augúrios
os que em vida se enterravam
por serem falsos e espúrios
maiorais da minoria
que diziam silenciosa
e que em silêncio fazia
a coisa mais horrorosa:
minar como um sinapismo
e com ordenados régios
o alvor do socialismo
e o fim dos privilégios.

Foi então se bem vos lembro
que sucedeu a vindima
quando pisámos Setembro
a verdade veio acima.

E foi um mosto tão forte
que sabia tanto a Abril
que nem o medo da morte
nos fez voltar ao redil.

Ali ficámos de pé
juntos soldados e povo
para mostrarmos como é
que se faz um país novo.

Ali dissemos não passa!
E a reacção não passou.
Quem já viveu a desgraça
odeia a quem desgraçou.

Foi a força do Outono
mais forte que a Primavera
que trouxe os homens sem dono
de que o povo estava à espera.

Foi a força dos mineiros
pescadores e ganhões
operários e carpinteiros
empregados dos balcões
mulheres a dias pedreiros
reformados sem pensões
dactilógrafos carteiros
e outras muitas profissões
que deu o poder cimeiro
a quem não queria patrões.

Desde esse dia em que todos
nós repartimos o pão
é que acabaram os bodos
— cumpriu-se a revolução.

Porém em quintas vivendas
palácios e palacetes
os generais com prebendas
caciques e cacetetes
os que montavam cavalos
para caçarem veados
os que davam dois estalos
na cara dos empregados
os que tinham bons amigos
no consórcio dos sabões
e coçavam os umbigos
como quem coça os galões
os generais subalternos
que aceitavam os patrões
os generais inimigos
os generais garanhões
teciam teias de aranha
e eram mais camaleões
que a lombriga que se amanha
com os próprios cagalhões.
Com generais desta apanha
já não há revoluções.

Por isso o onze de Março
foi um baile de Tartufos
uma alternância de terços
entre ricaços e bufos.

E tivemos de pagar
com o sangue de um soldado
o preço de já não estar
Portugal suicidado.

Fugiram como cobardes
e para terras de Espanha
os que faziam alardes
dos combates em campanha.

E aqui ficaram de pé
capitães de pedra e cal
os homens que na Guiné
aprenderam Portugal.

Os tais homens que sentiram
que um animal racional
opõe àqueles que o firam
consciência nacional.

Os tais homens que souberam
fazer a revolução
porque na guerra entenderam
o que era a libertação.

Os que viram claramente
e com os cinco sentidos
morrer tanta tanta gente
que todos ficaram vivos.

Os tais homens feitos de aço
temperado com a tristeza
que envolveram num abraço
toda a história portuguesa.

Essa história tão bonita
e depois tão maltratada
por quem herdou a desdita
da história colonizada.

Dai ao povo o que é do povo
pois o mar não tem patrões.
– Não havia estado novo
nos poemas de Camões!

Havia sim a lonjura
e uma vela desfraldada
para levar a ternura
à distância imaginada.

Foi este lado da história
que os capitães descobriram
que ficará na memória
das naus que de Abril partiram

das naves que transportaram
o nosso abraço profundo
aos povos que agora deram
novos países ao mundo.

Por saberem como é
ficaram de pedra e cal
capitães que na Guiné
descobriram Portugal.

E em sua pátria fizeram
o que deviam fazer:
ao seu povo devolveram
o que o povo tinha a haver:
Bancos seguros petróleos
que ficarão a render
ao invés dos monopólios
para o trabalho crescer.
Guindastes portos navios
e outras coisas para erguer
antenas centrais e fios
dum país que vai nascer.

Mesmo que seja com frio
é preciso é aquecer
pensar que somos um rio
que vai dar onde quiser

pensar que somos um mar
que nunca mais tem fronteiras
e havemos de navegar
de muitíssimas maneiras.

No Minho com pés de linho
no Alentejo com pão
no Ribatejo com vinho
na Beira com requeijão
e trocando agora as voltas
ao vira da produção
no Alentejo bolotas
no Algarve maçapão
vindimas no Alto Douro
tomates em Azeitão
azeite da cor do ouro
que é verde ao pé do Fundão
e fica amarelo puro
nos campos do Baleizão.
Quando a terra for do povo
o povo deita-lhe a mão!

É isto a reforma agrária
em sua própria expressão:
a maneira mais primária
de que nós temos um quinhão
da semente proletária
da nossa revolução.

Quem a fez era soldado
homem novo capitão
mas também tinha a seu lado
muitos homens na prisão.

De tudo o que Abril abriu
ainda pouco se disse
um menino que sorriu
uma porta que se abrisse
um fruto que se expandiu
um pão que se repartisse
um capitão que seguiu
o que a história lhe predisse
e entre vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
um povo que levantava
sobre um rio de pobreza
a bandeira em que ondulava
a sua própria grandeza!
De tudo o que Abril abriu
ainda pouco se disse
e só nos faltava agora
que este Abril não se cumprisse.
Só nos faltava que os cães
viessem ferrar o dente
na carne dos capitães
que se arriscaram na frente.

Na frente de todos nós
povo soberano e total
que ao mesmo tempo é a voz
e o braço de Portugal.

Ouvi banqueiros fascistas
agiotas do lazer
latifundiários machistas
balofos verbos de encher
e outras coisas em istas
que não cabe dizer aqui
que aos capitães progressistas
o povo deu o poder!
E se esse poder um dia
o quiser roubar alguém
não fica na burguesia
volta à barriga da mãe!
Volta à barriga da terra
que em boa hora o pariu
agora ninguém mais cerra
as portas que Abril abriu!

José Carlos Ary dos Santos

domingo, 22 de abril de 2007

Vídeo da Semana

Para os fãs de Friends e do Gato Fedorento:

Obras de arte (2)


Kawarenushi, de Audrey Kawasaki

domingo, 15 de abril de 2007

Vídeo da Semana


Cresci ao som das músicas de Hazel O'Connor, e até hoje sinto um arrepio na espinha sempre que a oiço. Esta música, em particular, é fabulosa.

sexta-feira, 13 de abril de 2007

Unshelved


Eu descobri esta BD há cerca de dois anos, quando estagiei numa biblioteca de Lisboa. Uma das minhas tarefas nesse estágio foi a elaboração de uma lista de sites de bibliotecas com serviços ligados à informática e às tecnologias, e logo na página principal de um dos sites que encontrei (e do qual, entretanto, perdi o rasto, pelo que não o posso indicar aqui) estava uma tira de Unshelved. Foi amor à primeira vista.
Como podem ver, os desenhos são also toscos, mas as histórias são fabulosas. Podem parecer surreais e absurdas mas quem, como eu nessa altura, trabalha na área, facilmente reconhece as situações e as pessoas desta BD em tudo aquilo que nos ocorre no dia-a-dia. Bem, eu pessoalmente não encontrei nudistas nem funcionários vestidos de castor, mas terei para sempre na minha memória os miúdos mal comportados, os utilizadores mandões (lembro-me de um caso bastante bizarro à volta de uma mulher convencida de que os bibliotecários têm o poder mágico de lhe colocar nas mãos livros que foram requisitados por outros utilizadores) ou com a mania de perseguição e casos à volta de plantas mijonas ou de calças de cetim descosidas (don't ask).

PS: Se tiverem curiosidade em ver as tiras antigas (ou se, como no meu caso, o layout do blog cortar a tira) podem encontrar o site oficial de Unshelved aqui.

Novo cartaz


Tradução da mensagem nova:

Agora não me vandalizem a [PIII!] do cartaz, meus gandas filhos da [PIII!], ou eu mando os [PIII!] do fórum partir as vossas [PIII!] todas.

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Obras de arte

Homenagem da ilustradora Susan Herbert a Renoir.

domingo, 8 de abril de 2007

Persistência

Acabei de ouvir as minhas duas primas gémeas, de 5 anos, terem a seguinte troca de palavras:

- Tenho fome.
- Tá calada. Quero ouvir a televisão.
- Cala-te tu que assim não oiço.
- Tu cala-te que quero ouvir.
- Cala-te tu.
- Não, cala-te tu.
- Quero ouvir o Dança Comigo!
- Tu calas-te?

Etc., etc., etc.

Acho que esta conversa ainda está a decorrer. Pelo menos, elas ainda estavam a discutir quando saí da sala...

Vídeo da Semana

De Life of Brian, dos Monty Python:

sexta-feira, 6 de abril de 2007

Serei só eu?

De certeza que há por aí mais pessoas que viram os anúncios da “nova Floribella” e apanharam um susto de morte...Vade retro, fadinhas!

Ainda sobre os Gatos

Estive a contar a história dos cartazes a uma amiga americana que achou a ideia dos Gatos genial, e que ficou surpreendida com a reacção da CML. Duvido que os Gatos alguma vez descubram este bloguezito rasca, mas mesmo assim deixo aqui uma nota que ela lhes manda:

Your billboard was awesome. Come over to the US and make fun of our politicians all you want! We allow that over here (because God knows they all need it). *g*
OK, o recado está dado. Mas por favor, não o façam. As vossas palhaçadas fazem muita falta por cá...

Sobre o cartaz dos Gatos.


Diverte-me

Não, “diverte-me” talvez não seja a palavra mais adequada. É mais “deprime-me”. Ou melhor... Bem, o que realmente funcionava era uma palavra que servisse de meio-termo entre estas duas.
Bem, vamos recomeçar antes que perca o fio à meada.

Diverte-me Deprime-me Ai o caraças! Diverte-me ver os Gatos serem acusados de estarem a ser politicamente correctos com este cartaz. Será que a minha definição de “politicamente correcto” está errada? É que vejo e revejo estas barbichas e estes olhos esbugalhados, leio e releio o que está escrito no cartaz, e não consigo encontrar nada que entre dentro do significado que eu atribuo a essa expressão. Pelo contrário, o que eu vejo é humor irreverente, corrosivo – e, para além disso, é algo que precisava de ser feito porque, vistas bem as coisas, aquele cartaz do PNR não merece mais do que ser objecto de chacota.

Já agora, outra coisa que de diverte e deprime simultaneamente: esta ideia asinina da CML de retirar o cartaz dos Gatos. Mas, neste caso, já há uma distinção entre a depressão e o entretenimento. Deprime-me que o retirem (assim como me deprime – e enraivece – ler sobre as ameaças que eles estão a sofrer agora), mas diverte-me toda esta discussão à volta das motivações dos rapazes por detrás desta brincadeira. Sinceramente, não importa se isto é uma mensagem política, uma intervenção cívica ou uma piada; o que importa é que eles tinham algo a dizer, e disseram-no de forma brilhante.